“A caridade não deve ser um bem de exposição mas um discreto ato de amor”

    Frase encontrada em envelope anônimo de doação para o CIABA Solidário.

         O verdadeiro sentido da caridade não se resume apenas em dar uma “esmola” aos que precisam. Quando o sentimento é apenas baseado nisso as pessoas não conseguem sentir e nem passar a real sensação de ajudar e ser ajudado, já que esse é um ato mútuo, e acabam por causar um efeito mau em quem recebe e não preenche quem o realiza. A prática da caridade está nos mínimos detalhes e não somente em bens materiais, está na forma como um olhar fraterno pode reanimar a alma, como um sorriso leve e sincero pode fazer feliz o dia de quem está triste pela situação que enfrenta. A experiência de puros gestos de amor e carinho fazem sentir em quem os recebe dignidade e molda positivamente o caráter dos doadores elevando em ambos a empatia, capacidade de se colocar no lugar do outro, e a sensibilidade de compreender as necessidades singulares em cada pessoa.

Histórico dessa ação

         Há três meses, os alunos do CIABA tomaram a iniciativa de se reunir e pesquisar locais para realizar a primeira ação solidária desse ano. A decisão foi mobilizar a OM em prol de seu  próprio entorno social , o Bairro da pratinha, que guarda em si as  necessidades básicas típicas de  periferia das grandes cidades. O objetivo foi a distribuição de cestas básicas para famílias previamente cadastradas pela catequese Santo Antônio. A arrecadação por meio das rifas de três cestas de chocolates, doadas por docerias belenenses e sorteadas em parada pelo Capitão de Corveta Arthur,  no dia 7 de abril, alcançou o valor de R$ 2.000 reais. Com esse valor, tornou-se possível a compra de 40 cestas básicas que no final viraram 50, junto às dez recebidas por doações de alunos.

O dia

         A equipe do CIABA Solidário no sábado, 9 de abril, chegou cedo à capela Santo Antônio para arrumar a decoração com temática da páscoa, organizar os lanches das crianças, armar a barraquinha da beleza para as meninas que queriam penteados e as tintas que fizeram a diversão da meninada. A banda da SAVI deixou ainda mais divertido o momento das brincadeiras com as crianças e agradou a todos os gostos. Quem queria brincar de morto-vivo, de pular corda, adoleta ou pintar os rostinhos das crianças (ou as camisas dos alunos que puderam ir ao evento). O ponto alto da programação foi a peça dos “3 Porquinhos”, ensaiada pelos alunos em meio a semana de provas e que tomou a cena e a atenção de todas as crianças, jovens e adultos. Com parte do figurino feito à mão e muita ajuda de mãos voluntárias, a apresentação foi um espetáculo a parte e mereceu muito todos os aplausos e risos arrancados, mesmo os dos mais tímidos. O esforço é a marca registrada de todos que acreditaram  e contribuíram de maneira direta ou indireta para a realização de evento que ficará para sempre na memória de quem compareceu à comunidade Santo Antônio naquela alegre manhã de sábado. A arte levada para muitos que sequer sabiam o que era um teatro, levou também solidariedade e  discernimento de que fazer o bem é bom e engrandece a alma, leva também a certeza de que esse projeto deve ser sempre aprimorado e permanecer seguindo adiante.

Al. Cantuária – Edição

Al. Márcio – Edição

Al. Laissa – Texto

Al. Bemerguy – Revisão