A Batalha Naval do Riachuelo
Na terça-feira, 11 de junho, ocorreu no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar – CIABA, a cerimônia alusiva ao 154º aniversário da data magna da Marinha, a Batalha Naval do Riachuelo. A incorporação da Bandeira Nacional ocorreu às 8h00, no pátio da EFOMM e com base nos treinamentos, o dispositivo da cerimônia foi composto por 3 companhias compostas por Oficiais da Marinha, alunos da EFOMM, Pelotão Feminino, Fuzileiros Navais, Sargentos e Marinheiros.
Histórico
Iniciamos o decorrer desta batalha travada há 154 anos, destacando o discurso do Excelentíssimo Senhor Presidente da República Federativa do Brasil:
As glórias militares do passado, sempre associadas à defesa da soberania nacional e
integridade territorial, permitem uma melhor compreensão de quem realmente somos e
nos oferece a convicção da nossa capacidade de superar desafios na busca de um futuro
promissor. – Jair Bolsonaro.
Em 11 de junho de 1865, o Brasil escreveu nas páginas de sua história uma de suas mais gloriosas passagens, a Batalha Naval do Riachuelo, que deixou o legado de atos heroicos e eleições de determinação e amor ao pais. Ademais, em exemplar demonstração de coragem e patriotismo, o Comandante da Esquadra, Almirante Barroso, decidiu utilizar da estrutura de ferro da Fragata Amazonas, a nau-capitania da frota brasileira, alcançando o ponto de virada para a vitória da Tríplice Aliança – formada por Brasil, Argentina e Uruguai – sobre as tropas paraguaias.
Assim, a Batalha Naval do Riachuelo impôs uma séria derrota ao inimigo. Embora a guerra tenha se prolongado até 1870, essa vitória foi determinante para o avanço dos aliados sobre o território inimigo, contribuindo para a derrota paraguaia. Os combates seguiram até o fim da guerra e consolidaram o entendimento de que as estradas da região eram os rios, cujo controle foi garantido pela vitória da Marinha do Brasil em Riachuelo.
Cerimônia
A Marinha do Brasil comemora, todos os anos, no dia 11 de junho, os feitos heroicos daqueles homens que lutaram na Batalha Naval do Riachuelo, reconhecendo-os como exemplos e lembrando seus atos às gerações que os sucedem. Nessa ocasião, são içados nos mastros de todos os navios e organizações de terra os históricos sinais utilizados pelo Comandante Chefe – Almirante Barroso – durante o confronto junto à foz do Riachuelo. Pois, no decorrer da luta, na Capitânia de Barroso – Fragata Amazonas – foram içados numerosos sinais, transmitindo ordens aos demais comandantes brasileiros.
O primeiro: Preparar para o combate. Serve agora para alertar-nos da importância do
adequado poder naval desde os tempos de paz, pois quando formos chamados para a ação,
não haverá tempo para preparação ou espaço para improvisação. No contexto atual, com
a ausência de ameaças percebidas, não podemos nos deixar seduzir pela crença na
perenidade da paz.O segundo: O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever. Traduz o compromisso de
cada brasileiro de ontem, de hoje e das gerações futuras com o país capaz de atender às
legítimas aspirações de seu povo. Somente uma conduta irrepreensível refletida nas
pequenas atitudes cotidianas e num maduro acatamento do conjunto de princípios e
valores morais que nos governam, será possível criar uma sociedade harmônica e ordeira
com a qual todos sonhamos.O terceiro: Serrar sobre o inimigo e atacar o mais próximo possível. Representa a
coragem, a determinação de vencer e de jamais vacilar na defesa dos interesses maiores
da nação. O destemor ao enfrentar os problemas e adversidades por maiores que sejam,
deve estar incutido em cada um de nós.O último: Sustentar o fogo que a vitória é nossa! Sinal que fortaleceu o ânimo dos
combatentes a época. Impregna-nos, hoje, do sentimento de vibração e resiliência. Leva-nos a redobrar os esforços na construção de um futuro belo e digno para o Brasil.
Após içarem os sinais de barroso, foram executados os toques da vitória e de Comandante Chefe e, em sequência, uma salva com 17 tiros de canhão. Destacamos também o sobrevoo da aeronave UH-15 “Super Cougar”, helicóptero de emprego geral da Marinha, recentemente incorporado ao Primeiro Esquadrão de Emprego Geral do Norte, sediado em Belém. Com motores potentes, o helicóptero pode carregar até 31 passageiros, incluindo a tripulação. Ele possui 19,5 metros de cumprimento, 4,97 metros de altura e 6.695 quilos.
Ordem do Mérito Naval
A Ordem do Mérito Naval, criada em 4 de julho de 1934, destina-se a premiar os militares que se distinguirem no exercício de sua profissão e, organizações militares e instituições civis, nacionais ou estrangeiras, assim como personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que prestarem relevantes serviços à Marinha do Brasil.
Por decreto, o Presidente da República, na qualidade de Grão Mestre da Ordem do Mérito Naval, resolveu promover e admitir nessa ordem as seguintes personalidades:
No grau Oficial:
- Alírio Juares Doutones Sabah – jornalista e diretor de divulgação da SOAMARPA
No grau de Cavaleiro:
- Capitão de Mar e Guerra Klbherwal Melo Farias – Diretor do hospital naval de
belem - Capitão de Mar e Guerra Marcelo Veloso de Paula – Comandante da Base Naval
de Val-de-Cães - Capitão de Mar e Guerra Marcus Vinicius de Moraes Gurjão – Diretor do Centro
de Intendência da Marinha em Belém - Suboficial José Robelho Bomfim dos Santos
- Suboficial Benedito da Silva Costa Junior
- João Paulino Soares Neto – Vice-presidente da SOAMAR- Piauí
- Jorge Afonso Pereira – Presidente do Sindicato das Agências de Navegação
Marítima do Estado Maranhão - João Carlos Faria Brasão – membro da SOAMAR-PA
Ao fim da entrega, os agraciados e o paraninfo saldaram a Bandeira Nacional. Em seguida, ocorreu o desfile das companhias em continência ao Comandante do 4º Distrito Naval, Vice-Almirante Newton de Almeida Costa Neto.
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