Diário da PON Ilanna Moreira

1 – Fale um pouco de como foi a experiência de sua praticagem de maneira geral.

Fala galera, meu nome é Ilanna, tenho 24 anos, me formei em 2018 na EFOMM, no curso de Náutica. Estou a um pouco mais de 6 meses embarcada, praticando em um navio conteneiro da maior empresa de Cabotagem do Brasil.

PON Ilanna Moreira

2 – Conte-nos sobre a empresa e o(s) tipo(s) navio que embarcou. Deu para desembarcar em algum porto?


 Participei do processo seletivo somente desta empresa, eles escolheram alguns currículos que foram enviados pelo CIABA e ligaram para marcar uma entrevista por Skype na semana seguinte. Foi uma entrevista com várias perguntas pessoais, por exemplo: “por que marinha mercante”, “cite um defeito e uma qualidade sua”, teve também perguntas sobre a profissão, como: “cite algumas das funções do 2ON” e alguns minutos de conversa em inglês, no final eles (sim, eram duas pessoas) agradeceram o interesse e fiquei esperando a resposta, a qual veio dias depois por meio de uma ligação seguida de um e-mail pedindo minha documentação, enviei tudo assim que possível, meu embarque foi em Agosto. Assim que embarquei, tirei aproximadamente 10 dias de serviço com o 1ON do navio, logo em seguida comecei a tirar serviço com o Imediato (tiro serviço com ele desde então). Aqui aprendemos de tudo, todas as funções, ‘se um dia você quiser cobrar algo de alguém, você tem que saber fazer’, esse é um bom lema a ser seguido, aqui e na vida, diga-se de passagem.

Agora vou falar do trabalho de praticante, tiramos quarto de serviço no passadiço junto de um oficial (no meu caso, com o imediato, isso depende de navio/empresa), e quando não estou no passadiço, trabalho no convés, acompanho inspeções, aprendo o que um oficial tem que fazer, tanto navegando quanto em Porto. Posso dizer que realmente estou aprendendo a exercer a profissão e fico feliz, por que eu estou amando o que eu faço.

 

3 – Precisou utilizar língua estrangeira? Quais foram as maiores dificuldades encontradas? E que atividade mais se identificou?

 

Sim, o inglês é necessário, muitos livros são em inglês, as vezes precisamos combinar manobra em inglês com navios estrangeiros, é importante estudar um pouco mais essa matéria. No meu caso, consegui fazer intercâmbio por 3 meses, e isso me ajudou bastante. Das matérias da escola, todas são importantes, todas vão ser cobradas de alguma forma, mas no navio vão ajudar vocês a relembrar, não se preocupem.

O primeiro contato com o pessoal de bordo causa um certo impacto. Pessoas novas, que você nunca viu, vão virar sua família por um tempo, e nem toda família se entende tão bem, né? Para a minha sorte, as duas tripulações deste navio são incríveis, viraram realmente uma boa família, ‘muito unida e também muito ouriçada’, mas sempre buscando um ajudar o outro. Espero que vocês (futuros praticantes) tenham a sorte que eu tive de encontrar pessoas tão maravilhosas pelo caminho.

 

4 – Qual sua expectativa em relação a profissão e aos futuros embarques?

Agora sobre as perspectivas, atualmente o mercado está aquecendo e nessa empresa existem reais expectativas de emprego, pois normalmente só contrata quem praticou nela e os praticantes daqui são bem quistos por outras empresas também, todo mundo que se dedica e se mostra empenhado na sua função tem chances de emprego, fato!

 

Jornal Canal 16, navegando com você!

 

 

TEXTO – Al. Matias

REVISÃO – Al. Portela

REVISÃO – Al. Agatha

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