Operação Mercantex I – 2019
Neste ano, 2019, a turma do 3º ano da EFOMM teve a honra de participar da operação Mercantex I, a primeira do tipo, realizada com os alunos do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar. A operação teve o intuito de acrescentar a realidade da rotina a bordo de um navio aos aprendizados acadêmicos dos alunos.
A turma de 94 alunos, sendo 24 do curso de máquinas e 70 do curso de náutica, se apresentou ao navio NA Pará, na Base Naval de Val de Cães, no dia 1 de Julho, logo após retornarem de um breve recesso após o término do primeiro semestre letivo. Os alunos, junto de outros militares do CIABA destacados para a operação, tiveram a honra de navegar a bordo de um navio de guerra comandado por um ex-aluno da EFOMM, Capitão de Corveta Vargas, formado no curso de Máquinas pelo CIAGA (diferente do mundo mercante, na Marinha de Guerra, os maquinistas também assumem o comando de embarcações, além de assumirem serviço no passadiço, ficando com responsabilidades que vão além da praça de máquinas!)
O NA Pará é um navio auxiliar da Marinha do Brasil do tipo catamarã (possui dois cascos) que atua na região norte do Brasil em navegações fluviais. O Navio possui consultório médico e odontológico a bordo e leva atendimento às diversas comunidades ribeirinhas da região.
A desatracação ocorreu no dia 2 de julho, às 8h00, e partiu em direção à Santana-AP, onde foi atracado no dia 4 de julho, às 07h00. Durante o percurso, os alunos puderam acompanhar uma grande quantidade de fainas de bordo, assim como o serviço tanto no passadiço quanto nas praças de máquinas do NA Pará, podendo, dessa maneira, se familiarizar melhor com a realidade antes vista, na teoria, em sala de aula.
No dia seguinte à atracação em Santana, dia 05 de julho, às 8h00, o NA Pará partiu de volta para seu porto de origem, trazendo todos os alunos de volta para Belém, onde a breve viagem de instrução se deu por encerrada no dia 07 de julho, às 8h00, dia da atracação na Base Naval de Val de Cães.
Os dias de navegação foram completamente preenchidos para o maior aproveitamento do tempo de embarque. O rendimento do tempo a bordo para adquirir conhecimento foi, certamente, o melhor possível, desde o que foi aprendido em apresentações de marinharia, como por exemplo aulas de nós e voltas, até nas aulas práticas de combate à incêndio, nas instruções sobre aparelhos de laborar e nas explicações do funcionamento de operações de resgate e dos FRBs (Fast Rescue Boat) propriamente ditos, tudo foi absorvido da melhor maneira possível e fará, com certeza, total diferença na vida profissional dos 94 alunos do CIABA.
A experiência de estar a bordo de uma embarcação real e participar ativamente de sua rotina foi única. Apesar das diferenças inegáveis entre navios de guerra e mercantes, até mesmo no que diz respeito a própria rotina, nenhum conhecimento foi inválido; coisas novas foram aprendidas, outras relembradas e algumas até postas a prova para serem comprovadas. O tempo, assim como o percurso, foi curto, mas foi, com certeza, extremamente bem aproveitado.
Jornal Canal 16 – Navegando com você.