Adaptação 2017 – Dia 17
O dia amanheceu nublado nesta quarta-feira, 17º dia de adaptação. Mas a vontade de vencer e superar todos os obstáculos desta incrível saga fez tudo tornar-se possível. E mesmo com o sol tímido, os inabaláveis candidatos estavam de pé às 6h da manhã, formados e alinhados, trajando o seu uniforme esportivo para iniciar mais um dia.
O desjejum foi servido (maçã e banana) e posteriormente foi feita aquela tradicional corridinha para o despertar daqueles que ainda estavam com o pensamento em suas camas. Diversas Canções Militares foram puxadas e assim, gradativamente, aumentavam-se as vozes e a vibração por estar mais um dia no lugar onde tão almejaram estar, na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM).
Também na manhã desta quarta, ocorreram treinos de natação, a fim de melhorar o preparo dos candidatos para o Pré-TAF (Teste de Aptidão Física) e condicioná-los para a vida militar. Após um breve descanso e troca de uniforme, os mesmos tomaram o seu café (CLPM e Mingau) e seguiram para o auditório onde aconteceu o Culto Ecumênico com o Capelão Naval Jailson que nos proporcionou um maravilhoso encontro com Deus e nos motivou a continuar galgando nossos sonhos mesmo o caminho sendo árduo.
Logo após o culto, os candidatos se direcionaram ao almoço ( arroz, feijão, frango empanado, purê de batatas, suco e maçã como sobremesa) e assim seguiram para mais uma ordem unida, mas desta vez armados. Eles aprenderam como fazer ombro armas, descansar armas, cruzar e apresentar armas; como também, outros movimentos básicos da ordem unida, só que desta vez poderiam-se tornar complicados um vez que os mesmos estivessem portando armamento.
Acompanhando a rotina, a janta estava à mesa (manto sagrado, sopa suco e maçã) e mais tarde seguia-se o estudo obrigatório onde aprenderam o tradicional Hino da Escola de Marinha Mercante, cuja emoção ao ser aluno da EFOMM pode ser notada nesta pequena estrofe:
” A nossa Escola nos forja para o mar
São assim preparados os homens fortes
Para com honra a vida enfrentar.”
Ao término de mais um dia e aos poucos a adaptação, começa a surgir o sentimento de dever cumprido, satisfação e a certeza de que fizeram a melhor escolha. Como percebemos isso? Está nos pequenos detalhes, expressões que se deixam escapar involuntariamente. São sorrisos tímidos, voz vibrante, peito estufado, olhares altivos e até mesmo lágrimas, mas não de tristeza ou dor, são aquelas que saem sem pedir licença, também conhecidas como lágrimas de realização.
“Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você vai bater e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. é assim que se ganha.”
— Rocky Balboa