ALUNOS DA EFOMM SÃO VOLUNTÁRIOS DA CRUZ VERMELHA NO CÍRIO 2015
A EFOMM JÁ CONTRIBUIU COM CERCA DE 300 VOLUNTÁRIOS PARA A CRUZ VERMELHA NO CÍRIO, DESDE 2013.
Considerada uma das maiores procissões religiosas do mundo, o Círio de Nazaré reune cerca de dois milhões e meio de pessoas, num percurso de 3,6 quilômetros pelas ruas do centro de Belém, em uma única manhã. O evento que acontece desde 1793, hoje, possui tamanha grandeza, que foi considerado em 2013, pela UNESCO, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
A Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia para os católicos, é a grande homenageada no festival,a referida peregrina anualmente no segundo semestre, em diversas cidades do estado do Pará, no entanto, as duas principais peregrinações acontecem no segundo fim de semana de outubro, na capital Belém; No sábado, conhecida como transladação, a Santa se desloca a partir das 18h da Basílica de Nazaré, chegando à Igreja da Sé por volta das 23h30; Já no domingo do Círio, a imagem retorna pelo caminho inverso no intervalo de 06h as 11h30. Ao longo do trajeto, diversas homenagens são realizadas por órgãos públicos e privados: fogos de artifício, papéis picados, corais musicais, shows de luzes e a presença de artistas, cantores e famosos dão um toque muito especial ao Círio. Nesse período, o evento comove toda a capital paraense e atrai turistas do mundo todo para prestigiar a procissão. Em ambos os dias, a multidão, que acompanha a berlinda que transporta a Santa, ocupa toda a região do centro de Belém e as principais avenidas da cidade. Adiciona-se ainda, uma corda de aproximadamente 400 metros, dividida em cinco estações, situada à frente da berlinda, onde os romeiros caminham segurando-a.
O grande número de pessoas, aliado ao pouco espaço, calor e a vontade de prestigiar de perto a passagem da berlinda, propicia a ocorrência de muitos desmaios e outras situações que requerem atendimento médico, dados da Cruz Vermelha mostram uma média de 1500 ocorrências todos os anos no Círio. Para auxiliar o deslocamento das pessoas para os postos de atendimento instalados ao longo do trajeto, é necessária a participação de voluntários de escolas e universidades que se inscrevem anualmente para o evento. A EFOMM, com a ajuda do Comando do CIABA e do grêmio dos alunos (SAVI), participou mais um ano, cedendo diversos voluntários para a Cruz Vermelha.
A inscrição ocorre com a entrega de dados e um valor monetário para a Cruz Vermelha, que faz um cadastro e um seguro para os voluntários, além de treinamento e entrega de camisas simbolizadas pela instituição para sinalizar o grupo de apoio no dia do evento. O treinamento ocorreu uma semana antes, no ginásio do CIABA, onde instrutores da Cruz Vermelha repassaram todas as informações necessárias e realizaram exercícios práticos para o transporte de acidentados e desmaiados, com e sem maca.
Devidamente treinados e com os trajes do grupo de apoio, os alunos se apresentaram nos dias e postos correspondentes, onde foram dadas informações finais e divididos grupos com uma maca cada. A partir de então, os grupos saíram em meio à multidão para prestarem transporte das pessoas aos postos, quando solicitados. Foram diversos atendimentos, a rápida assistência aos romeiros é primordial, pois evita quadros clínicos mais graves.
A aluna do primeiro ano, Natália Belei, participou pela primeira vez e descreve um pouco sobre a sensação de se voluntariar no círio: “Sou do Rio, e conhecer, pela primeira vez, o círio de Nazaré pela Cruz vemelha, foi uma experiência maravilhosa, sem igual. Eu me senti revigorada, com o sentimento de dever cumprido.” Outra aluna que também ingressou em 2015, Brenna Lívia, destacou o papel da Cruz Vermelha, que trabalha independente de religião, somente com a intenção de prestar auxílio à população: “Sou evangélica, resolvi ir ao círio de Nazaré para ajudar as pessoas sendo voluntária na Cruz Vermelha. Não tinha dimensão do tamanho da fé das pessoas e me encantei. “Já o aluno Sampaio, do segundo ano, comentou em repetir o ato em 2016: “ O sentimento é inexplicável, a oportunidade é única, por isso, sem dúvidas estarei mais uma vez como voluntário nos próximos anos.”
Como foi disposto, os voluntários ficaram com o sentimento de dever cumprido e de realização, pela possibilidade de ajudar ao próximo, percebe-se também a ânsia por se voluntariarem no próximo ano. A experiência agrada e impressiona a todos que de alguma maneira participam, desde os voluntários, os romeiros e até mesmo os turistas. A equipe Jornal Canal 16 parabeniza os voluntários da cruz vermelha e exalta o evento mais expressivo do povo paraense.
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