A Batalha Naval do Riachuelo

No dia 11 de junho, foi realizada, no CIABA, a cerimônia alusiva ao 153º aniversário da data magna da Marinha, a Batalha Naval do Riachuelo.

Você sabe o que foi a Batalha Naval do Riachuelo?

Aconteceu no Rio Paraná em 11 de junho de 1865, quando a Força Naval Brasileira, sob o brilhante comando de Francisco Manoel Barroso da Silva, Almirante Barroso, garantiu a vitória dos aliados (Brasil, Argentina e Uruguai) sobre a força naval paraguaia.

“A batalha do Riachuelo foi um marco para o nosso país e para a nossa marinha. Ali se formou o espírito que continua a animar os homens e mulheres de nossa força naval.” – Excelentíssimo Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, Michel Temer.

A participação brasileira na guerra do Paraguai foi de grande importância para os rumos que o conflito iria tomar. Apesar de a guerra ter se prolongado até 1870, o desfecho da batalha no Rio Paraná foi de sumária importância para o avanço das tropas aliadas sobre o território inimigo, além de desincentivar a possível adesão de simpatizantes argentinos e uruguaios à causa paraguaia.

Cerimônia Alusiva ao 153º Aniversário

Desde o fim da batalha que ficou conhecida como a Batalha Naval do Riachuelo, a Marinha do Brasil comemora, anualmente, a sua vitória para que seja perpetuado o heroísmo, bem como a coragem e a determinação de todos que participaram desse sangrento combate para que seus atos sejam sempre lembrados por todas as gerações que virão.

No dia 11 de junho, no CIABA, foi celebrado mais um aniversário da vitória brasileira e com belas palavras, o Excelentíssimo Senhor Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha, nos levou a refletir sobre os famosos Sinais de Barroso que guiaram as embarcações brasileiras para a vitória. Citando cada um dos sinais, apresentou-nos um olhar atualizado, levando em conta a conjuntura atual do país, do sentimento envolvido em cada ordem transmitida pelo Almirante Barroso.

“Almirante Barroso, embarcado na legendária Fragata Amazonas, içou sucessivos sinais que guiaram e insuflaram os comandantes dos navios e suas tripulações. Hoje, a memória desses sinais nos incute força e inspiração para fazer frente aos difíceis desafios que a nação enfrenta.

O primeiro: preparar para o combate. Serve agora para alertar-nos da importância do adequado poder naval desde os tempos de paz, pois quando formos chamados para a ação, não haverá tempo para preparação ou espaço para improvisação. No contexto atual, com a ausência de ameaças percebidas, não podemos nos deixar seduzir pela crença na perenidade da paz.

O segundo: O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever. Traduz o compromisso de cada brasileiro de ontem, de hoje e das gerações futuras com o país capaz de atender às legítimas aspirações de seu povo. Somente uma conduta irrepreensível refletida nas pequenas atitudes cotidianas e num maduro acatamento do conjunto de princípios e valores morais que nos governam, será possível criar uma sociedade harmônica e ordeira com a qual todos sonhamos.

O terceiro: serrar sobre o inimigo e atacar o mais próximo possível. Representa a coragem, a determinação de vencer e de jamais vacilar na defesa dos interesses maiores da nação. O destemor ao enfrentar os problemas e adversidades por maiores que sejam, deve estar incutido em cada um de nós.O segundo: O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever. Traduz o compromisso de cada brasileiro de ontem, de hoje e das gerações futuras com o país capaz de atender às legítimas aspirações de seu povo. Somente uma conduta irrepreensível refletida nas pequenas atitudes cotidianas e num maduro acatamento do conjunto de princípios e valores morais que nos governam, será possível criar uma sociedade harmônica e ordeira com a qual todos sonhamos.

O último: sustentar o fogo que a vitória é nossa! Sinal que fortaleceu o ânimo dos combatentes a época. Impregna-nos, hoje, do sentimento de vibração e resiliência. Leva-nos a redobrar os esforços na construção de um futuro belo e digno para o Brasil.” -Exmo. Sr. Alte. Esq. Eduardo Bacellar Leal Ferreira, comandante da Marinha.

 

Em homenagem aos heróis da Batalha Naval do Riachuelo, foram içados os sinais de barroso e, logo em seguida, foram executados os toques da vitória e de comandante chefe (cargo exercido pelo Almirante Barroso naquele momento histórico) seguidos pela salva de 17 tiros de canhão.

Ordem do Mérito Naval

A Ordem do Mérito Naval, criada em 4 de julho de 1934, destina-se a  premiar os militares que se distinguirem no exercício de sua profissão e, organizações militares e instituições civis, nacionais ou estrangeiras, assim como personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que prestarem relevantes serviços à Marinha do Brasil.

Por decreto, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, na qualidade de Grão Mestre da Ordem do Mérito Naval, resolveu admitir nessa ordem as seguintes personalidades:

No grau de Comendador:

  • Excelentíssimo Senhor General de Brigada Luiz Gonzaga Viana Filho, Comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva.

No grau Oficial:

  • Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado de Transporte do Pará Cléber Ferreira Menezes; e
  • Senhor Capitão de Mar e Guerra Dionísio Tavares da Câmara Júnior, Chefe do Estado-Maior do Comando do 4º Distrito Naval.

No grau de Cavaleiro:

  • Membro do Conselho Deliberativo da SOAMAR-PA Carlos Raimundo Albuquerque nascimento;
  • Suboficial José carvalho Amaral Junior depenceiro do Navio-auxiliar Pará;
  • Suboficial Evandro Rildo Oliveira Nunes, mestre do Navio-auxiliar Pará;
  • Suboficial Adalberto Guimarães da Silva, mestre do Navio-patrulha Guarujá; e
  • Suboficial Marcílio Dias Monteiro, supervisor eletricista do Navio-patrulha Bracuí.

Ao fim da entrega, agraciados e o paraninfo saldaram a bandeira nacional.

Presença da FEB na Cerimônia

Além da cerimônia exaltar os feitos heróicos da batalha de 1865, o CIABA teve a honra de receber e prestigiar um ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), Senhor Josias Malaquias de Araújo, que participou da segunda guerra mundial ao lado dos aliados.

Como forma de registrar sua presença e homenagear todos que já lutaram e contribuíram para defender a honra da pátria e os ideais de liberdade e democracia, foi dado o toque de presença de ex-combatente da FEB

 

 

 

Ao fim da cerimônia, após o desfile da tropa em continência ao Excelentíssimo Senhor Comandante do 4º Distrito Naval, as autoridades foram, então, convidadas a participarem de um coquetel realizado no prédio do SAVI.

Jornal Canal 16 – Navegando com você.

 

TEXTO – Al. Leonardo Amaral

REVISÃO – Al. Santos

FOTOS – Al. Raccah

 

 

 

 

 

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